O que
é apometria gnóstica?
Na antiguidade, entre os filósofos gregos
surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia (do grego psyché),
que significa alma, e (logos), que tem por significado “razão”. Portanto,
etimologicamente, psicologia designa “um estudo da alma”.
Assim, as pesquisas
psicológicas tiveram início através dos filósofos pré-socráticos, porém, só acabaram
ganhando consistência por meio de Sócrates (469-399 a.C.) ao postular que
somente através da razão, o homem poderia sobrepor-se aos instintos. Ao definir
a razão como essência humana, Sócrates abriu caminho para as explorações
psicológicas sendo seus conceitos assimilados por seu discípulo Platão (427-347
a.C.) que procurou definir um “lugar” para a razão dentro do próprio corpo. Em
seguida, surge Aristóteles (384-322 a.C), discípulo de Platão, postulando que a
alma e o corpo não poderiam ser dissociados, e desta forma, ocorreu gradativamente
o desenvolvimento da psicologia no mundo antigo.
No mundo contemporâneo, especificamente na segunda metade do século XIX, nasce
a psicologia experimental através de Wilhelm Wundt (médico alemão 1832-1920) postulando
o “Associacionismo” que aborda o aspecto do desenvolvimento da consciência
através da introspecção. Nos primórdios do século XX, Sigmund Freud (1856-1939)
desenvolveu a psicanálise dando especial importância às forças inconscientes
motivadoras do comportamento humano das quais em sua formulação congregam o id,
o ego e o superego. Alguns anos mais tarde, Carl G. Jung (1875-1961) transcende
esses conceitos com formulações mais abrangentes alicerçadas em uma visão
holística, que supriram as “lacunas existentes” na conceituação estabelecida
pela psicologia primitiva. E não parou por aí. Outras correntes psicológicas
paralelas, algumas convergentes, outras divergentes, trouxeram contribuições
significativas através de Alfred Adler (1870-1937) que enfatizou o complexo de
inferioridade e a dinâmica do poder além de defender o holismo, John B. Watson
(1878-1958) trouxe o “Behaviorismo” que analisa o comportamento consciente por
meio de uma investigação racional das relações existentes entre estímulos e
respostas, Wolfgang Kohler (1887-1967) inseriu o “Gestaltismo” postulando que
qualquer fenômeno psicológico é uma totalidade organizada, não redutível a soma
dos elementos que a compõem, ou seja, que a percepção dos objetos é diferente
da percepção dos somatórios de seus elementos constituintes, Jean Piaget
(1896-1980) contribuiu com o “Construtivismo” designando que o comportamento
inteligente do indivíduo permite uma construção progressiva através de uma
interação com o seu meio-ambiente, e ainda Wilhelm Reich (1897-1957) que
defendeu a natureza essencialmente sexual das energias com as quais lidava do
qual denominou “orgone”.
Assim como na psicologia, há em toda corrente de pensamento, precursores
iniciais estabelecendo princípios básicos que ao longo do tempo serão
desenvolvidos, ajustados e transcendidos pela dinâmica experimental dos principais
partidários possuidores de um cunho pragmático. Originalmente, ao ser
apresentada publicamente em 1963 através de um congresso no RGS, a apometria
denominava-se hipnometria. Os passos iniciais desta técnica foram concebidos
por um porto-riquenho chamado Luiz Rodrigues. Foi reconhecida, adotada,
readaptada e esboçada posteriormente sob nova conceituação e propósito pelo Dr.
Jose Lacerda de Azevedo, do qual achou por bem batizá-la com o nome de
apometria. Finalmente, foi levada ao conhecimento público através de dois
livros publicados: a obra básica “Espírito/Matéria: Novos Horizontes para a
Medicina” (1988) e “Energia e Espírito” (1993), onde neste último são descritos
importantes conceitos e teorias sobre o espírito-energia e o espaço-tempo.
Porém, com o avanço dos conhecimentos científicos nas últimas décadas, além de
descobertas mais significativas na física quântica e o advento da transição
espiritualista mundial na virada do milênio, outras importantes contribuições
foram inseridas nos conceitos primordiais da apometria. Seus fundamentos
originais, porém, permaneceram intactos: as 14 leis, conceitos de corpos,
chacras ou centros vitais, técnicas de cromoterapia mental, ideoplastias
“modelagem da matéria pelo pensamento”, desdobramentos, mediunidade e animismo,
mas, seu “modus operandi” sofreu interferência através da adoção de conceitos
quânticos, espiritualistas, holísticos e psicológicos, tornando-se, assim, uma
técnica de vanguarda, que, com certeza, promove resultados surpreendentes,
porém, mais especificamente voltada para o campo da terapêutica
alternativa.
Apometria gnóstica é uma técnica terapêutica medianímica desenvolvida por
Abílio Maggnus. Engloba conceitos da física quântica e da PNL que, ao serem
ativados pelo animismo pragmático das técnicas apometricas, teúrgicas e
alquímicas, visam elevar os níveis de consciência (gnosis) dos corpos sutis da
pessoa atendida. O objetivo é provocar uma catarse que possa desbloquear
qualquer nódulo energético existente no campo áurico, para trazer, assim, uma decorrente harmonização no
complexo energético e psicossomático humano.
É um método de terapia energética que parte da premissa de que o ser humano
congrega vários níveis fragmentados de consciência e, que, devido à
interferência de fatores ancestrais e genéticos, além dos fatores adquiridos
pela condição do ambiente formativo ou até pela forte influencia psíquica
intencional de terceiros, alguns níveis inconscientes podem opor uma completa
divergência nas idéias, emoções ou projetos gerenciados pela mente consciente,
impedindo, assim, que objetivos almejados pelo indivíduo sejam alcançados.
Desta forma, através de uma integração harmônica nesses níveis de consciência,
torna-se possível reequilibrar o complexo energético que compõe o campo áurico
humano. É uma terapêutica alternativa, de natureza medianímica que consiste na
projeção da consciência e no desdobramento dos múltiplos corpos sutis mediante
uma sequencia de pulsos energéticos que comandam códigos vibracionais mentais e
verbais. Assim, quando os níveis de consciência retrógrados recebem
determinadas mensagens subliminares da PNL gnóstica, antigas pendências são
alquimicamente resolvidas.
O termo gnose deriva do termo grego "gnosis" e significa
"conhecimento interior". O gnosticismo está relacionado aos
ensinamentos esotéricos estabelecidos pela cultura grega e helenística, que
expõe seus iniciados a um caminho de autoconhecimento que tem por base o estudo
e a vivencia pratica dos aspectos sutis que compõem a trindade constituinte ao
fenômeno do qual denominamos VIDA: a Divindade (teurgia, consciência, vontade e
fé), ao Homem (percepção, desejo evolutivo e conhecimentos científicos) e as
Forças Sutis da Natureza (transmutações e alquimia). A gnose é,
indubitavelmente, um conhecimento psicológico, cujos conteúdos provêm do
inconsciente e chega ao campo da percepção através da concentração da atenção
sobre o "fator subjetivo" que consiste, empiricamente, na ação
demonstrável do inconsciente sobre a consciência.
O gnosticismo designa um conjunto de crenças de natureza metapsíquica e
filosófica cujo princípio básico se assenta na idéia de que há em cada homem
uma essência imortal que transcende o próprio homem. O conhecimento gnóstico
propõe o desenvolvimento da capacidade cognitiva que permite ir além das
especulações meramente intelectuais e, que pode trazer, assim, ao adepto, a
experiência de uma forma direta das revelações provenientes do mundo interior
por meio de canalizações intuitivas, do conhecimento adquirido e do exercício
da fé. Desta forma, ter fé significa estabelecer uma frequência de
sincronicidade entre o espírito humano e o espírito divino. Pois, crer é
somente um ato de boa vontade; enquanto que ter fé, é uma atitude de
consciência e vivência. Assim, de acordo com a gnose, o caminho para a
libertação dos sofrimentos ocorre através do autoconhecimento e, este se
desenvolve quando há uma junção dos conhecimentos racionais, científicos e
metapsíquicos, ou seja, uma unificação do esforço da vontade com a fé racional,
para permitir, assim, a evolução de um estado de consciência a um novo patamar
evolutivo.